Comunicado

Prezado associado,

É com grande satisfação que gostaríamos de agradecer a colaboração e apoio às propostas e principais ações da nossa gestão. Assumimos a direção, em 2017, com o objetivo de tornar a Sociedade Catarinense de Mastologia uma instituição médica reconhecida pela excelência nas práticas de gestão e na promoção de eventos de reconhecida qualidade científica.

Buscamos apoio de empresas parceiras e incentivamos a contribuição do associado a fim de alcançar esta importante meta. Através dessas ações, o saldo orçamentário da Sociedade aumentou em relação as outras gestões, o que possibilitou criar o Clube da Mama com reuniões científicas mensais e a presença de grandes nomes da Mastologia nacional, além de realizar o Congresso Catarinense, em Lages, e o Congresso Sul-Brasileiro de Mastologia, em Florianópolis.
Apesar do progresso, vamos continuar firmes nesta jornada visando manter a nossa Sociedade em um patamar de maior visibilidade perante às demais regionais.
Para isso contamos novamente com seu voto de confiança, através da renovação da anuidade. A sua participação é essencial para fazer da Mastologia Estadual mais forte e representativa.

Nosso mais sincero agradecimento a todos que nos prestigiam.
Juntos somos mais fortes!
Forte abraço!
Diretoria triênio 2017-2019


Sociedade Catarinense de Mastologia

Radioterapia Pós-Mastectomia: Quando indicar

Confira seleção de artigos científicos sobre o tema e disponíveis para download:

 


Resumo Reunião Científica: Radioterapia Pós-Mastectomia: Quando indicar

Palestrante:
Dr. Gustavo Nader Marta
Radio-Oncologista

Coordenadora:
Dr. Carlos Lima Junior

Debatedores:
Dra. Cristiane Almeida
Dra. Marcele Vier
Dra. Maria Luzia Nagel

Em tese, as indicações de radioterapia pós-adenomastectomia seguem as recomendações da irradiação pós-mastectomia, posto que há um consenso quase universal que a adenomastectomia constitui procedimento oncológico seguro.  Esta segurança é evidenciada pelos vários estudos da literatura de caráter retrospectivo ou prospectivo que repetem as taxas de recidivas local e locorregional da mastectomia (1).

Há, contudo, aqueles que argumentam haver situações em que a adenomastectomia não foi efetuada com segurança máxima, podendo haver certa quantidade de tecido mamário residual após a cirurgia (2).  Para estes, a avaliação da quantidade deste tecido residual é de vital importância.  Embora não haja documentação clara na literatura desta necessidade nem mesmo de qual método clínico ou imaginológico seja mais indicado para esta avaliação, a maioria dos que abraçam esta corrente preconizam o uso da ressonância magnética pós-adenomastectomia.

Havendo retalho cirúrgico de pelo menos 5mm, advogam, há indicação de radioterapia pós-operatória.  Tal recomendação é bastante controversa, não encontrando suporte inquestionável na literatura.  Assim sendo, pacientes candidatas a irradiação pós-adenomastectomia inquestionavelmente seriam aquelas com nodos positivos ao esvaziamento axilar e as com tumores com 5cm ou maiores.  Em alguns serviços, tumores triplo negativos também constituem indicação, independentemente do tamanho do tumor ou da positividade dos nodos esvaziados.  Esta indicação é questionável em virtude da ausência de estudos de alta evidência concernentes a este tópico (3).

Não é fortemente documentada, ainda, a indicação de irradiação de tumores N0.  Embora haja estudos defendendo sua prescrição nos casos em que se aglutinam fatores prognósticos adversos como idade inferior a 40 anos ou invasão vascular, persiste altamente controversa esta indicação, face à natureza retrospectiva dos achados e baixa consistência dos diversos ensaios considerados (4).

Irradiação na presença de nodos positivos é mais fortemente corroborada pela existência de metanálise clássica que apontou ganho de sobrevida global com a irradiação pós-mastectomia, mesmo em pacientes com 1 a 3 nodos tumorais (5).  Em que pese o fato da metanálise apresentar falhas metodológicas várias, a indicação é corroborada por grande parte dos consensos.

Referências Bibliográficas

1.Rochlin DH, Jeong AR, Goldberg L, et al.  Postmastectomy  radiation therapy and immediate autologous breast reconstruction:  integrating perspectives from surgical oncology, radiation oncology, and plastic and reconstructive surgery.  J Surg Oncol 2015;111:251-257.

2.Marta GN, Poortmans PM, Buchholz TA, Hijal T.  Postoperative radiation therapy after nipple-sparing or skin-sparing mastectomy:  A survey of european, north american, and south american practices.  Breast J 2017;23:26-33.

3.Horton JK, Jaqsi R, Woodward WA, Ho A.  Breast cancer biology:  clinical implications for breast radiation therapy.  Int J Radiat Oncol Biol Phys 2018;100:23-37.

4.Mamtani A, Patil S, Stempel MM, Morrow M.  Are there patients with T1 to T2, lymph node-negative breast cancer who are “high-risk” for locoregional disease recurrence  Cancer 2017;123:2626-2633.

5.Wright JL, Parekh A.  Updates in postmastectomy radiation.  Surg Oncol Clin N Am 2017;26:383-392.

 

Dr. Carlos Lima Junior
Especialista em Radiooncologia
CRM/SC 14673


Sociedade Catarinense de Mastologia

Resumo Reunião Científica: Atualizações do Congresso Americano: Câncer de mama inicial, o que muda na prática diária

Palestrante:
Dr. Gilberto Amorim
Oncologista Clínico

Coordenadora:
Dra. Cristiane Fabiani

Debatedores:
Dr. Erik Paul Winnikov

Dra. Yeni Neron

 

Atualizações do Congresso Americano: Câncer de mama inicial, o que muda na prática diária

Com o tema “Atualizações do Congresso Americano: Câncer de Mama Inicial, o que muda na prática diária”, a reunião científica do Clube da Mama apresentou os principais destaques da ASCO 2018 sobre a conduta adequada e eficaz no tratamento do câncer de mama inicial.

A discussão ressaltou as atualizações do congresso sobre como orientar as pacientes da melhor forma possível, reduzindo tratamentos quimioterápicos desnecessários relativos e consequente toxicidade, além de melhorar a expectativa e qualidade de vida.

Principais pesquisas apresentadas:

TAILOR x  

Considerado destaque do congresso, o estudo foi apresentado pelo Dr. Joseph Sparano e selecionou pacientes com câncer de mama inicial (T1-2N0M0), com receptores hormonais positivos e HER-2 negativo e submetidas à realização de Oncotype DX para determinar o score de risco e a indicação segura de tratamento.

Score 0-10  (risco baixo)
Resultados do grupo de baixo risco (score 0-10), já haviam sido apresentados na ESMO 2015, demonstrando que neste subgrupo, o tratamento com  hormonioterapia isolada é suficiente. A taxa de recorrência a distância em 05 anos foi de 1%.

Score 11-25  e 16-25 (risco médio)
A conclusão dos investigadores é que mulheres acima de 50 anos com risco score de 11 a 25 não necessitam de quimioterapia adjuvante.  No entanto, as pacientes com menos de 50 anos e risco score de 16-25 apresentam algum benefício com a adição da quimioterapia ao tratamento.

Score 26-100 (risco alto)
Para as pacientes com risco score de 26-100, a recomendação é prescrever tratamento quimioterápico adjuvante.

Pontos fracos: Apesar da importância no Oncotype DX na melhor condução do tratamento do câncer de mama, vale ressaltar que a incorporação deste estudo na prática diária ainda encontra obstáculo. Isso se deve ao fato do teste ainda  não ter cobertura por nenhum plano de saúde no Brasil, além do seu alto custo (aproximadamente R$ 13mil reais).E também pela indefinição da melhor conduta em adjuvância nas pacientes com Score 16-25, quando em idade inferior a 50 anos.

Persephone trial

Realizado no Reino Unido, com recursos do Ministério da Saúde, o estudo teve como objetivo a eficácia do Trastuzumabe adjuvante na sobrevida de pacientes com câncer de mama. A pesquisa randomizou 4 mil mulheres portadoras da doença, nos estágios de I-III e HER-2 positivo, para receber 6 ou 12 meses do tratamento adjuvante.  O estudo atingiu o objetivo de não inferioridade com Sobrevida Livre de Doença em 04 anos de 89,4% (06 meses) e 89,8% (12 meses).

Pontos fortes do estudo: o número de pacientes, braços bem balanceados, suportado com recursos financeiros do governo.

Pontos fracos: mais de 50% das pacientes receberam Trastuzumabe sequencial, prática abandonada nos dias de hoje e apenas 10% das pacientes receberam quimioterapia baseada em Taxanos. Aguardamos a publicação do estudo para melhor avaliação.

Soft/Text e Astrra

Os estudos abordaram a supressão ovariana no tratamento adjuvante das pacientes com câncer de mama. Os benefícios de sobrevida livre de doença para pacientes de alto risco podem chegar a 15%. A  incorporação na prática clínica ainda traz grandes desafios, entre elas a própria supressão ovariana, com relato de até 30% das pacientes com níveis de estrogênio acima dos valores de menopausa, além da necessidade de orientar as pacientes em condutas para minimizar os eventos adversos.

 

Cristiane Fabiani
Oncologista Clínica
CRM/SC - 4524

 


Sociedade Catarinense de Mastologia

Atualizações do Congresso Americano: Câncer de mama inicial, o que muda na prática diária

Confira seleção de artigos científicos sobre o tema e disponíveis para download:


Sociedade Catarinense de Mastologia

Jantar em comemoração aos 30 anos da SBM/SC

Em uma noite de festa e emoção, a  regional catarinense da Sociedade Brasileira de Mastologia promoveu  Jantar de Confraternização para comemorar o jubileu dos  30 anos de fundação e homenagear os profissionais que fizeram parte desta conquista. O evento aconteceu na Alameda Casa Rosa, em Florianópolis e contou com a presença dos membros da diretoria atual, presidentes anteriores e associados  e familiares.

A confraternização teve como destaque a cerimônia de homenagem com a apresentação da jornalista e apresentadora Laine Valgas e entrega de placas comemorativas aos médicos e incentivadores da Mastologia, que em 1988 assinaram a ata de fundação da Sociedade, na Maternidade Carmela Dutral.

Segundo  Cristiano Steil,   atual Presidente da Sociedade, a noite foi de emoção e comemoração pelos desafios superados e pelas conquistas alcançadas ao longos destes anos de história da Mastologia. “Estamos aqui para agradecer e parabenizar o célebre trabalho dos profissionais que elevaram o nível do exercício da Mastologia e investiram no desenvolvimento técnico-científico e institucional para transformá-la em uma área médica de elevado nível e grande importância para a população em geral.  Nossa gratidão e reconhecimento por todos aqueles que lutaram em prol de nossa ciência, conhecimento e trabalho”, finalizou.

Confira a relação dos homenageados e galeria com os melhores momentos do jantar de confraternização.

Fundadores da Regional Catarinense da Sociedade Brasileira de Mastologia:

Carlos Gilberto Crippa

Ernani Lange de S. Thiago

João Péricles da Silva Júnior

Luiz Alberto Silveira

Luiz Miguel Parente

Maria Tereza E. Schoeller

Renato Cesar Lebarbechon Polli

Saulo Fernando Linhares


Sociedade Catarinense de Mastologia

IV Jornada Sul Brasileira de Mastologia

Com o objetivo de debater as últimas novidades e avanços no combate, diagnóstico e tratamento do câncer de mama, Florianópolis recebeu de 31 de maio à 02 de junho, a IV Jornada Sul Brasileira de Mastologia no Centro Sul. O evento foi promovido pela regional catarinense da Sociedade Brasileira de Mastologia em parceria com as regionais do Paraná e Rio Grande do Sul e apoio da Escola Brasileira de Mastologia.

Excelentes aulas abordaram questões sobre procedimentos minimamente invasivos da mama, radioterapia, quimioterapia neoadjuvante, aspectos cirúrgicos, entre outros. A troca de informações e experiências juntamente com o debate técnico-científico foram o ponto alto deste encontro, além da oportunidade de rever e conversar com amigos.

Confira a galeria de imagens: