Sem espaço para o medo - "Não vamos deixar o medo do exame fazer com que a doença piore", diz jovem que teve câncer de mama em SC
No mês da conscientização do combate ao câncer de mama, um alerta: em 2020, 75% das mulheres deixaram de fazer seus exames de rotina por causa do coronavírus
Aos 28 anos, durante uma visita à irmã mais velha que estava em recuperação devido a retirada das duas mamas para tratamento do câncer, a aeroviária Tielle Passos Alves, que também já havia sentido um pequeno caroço na mama, foi alertada pela familiar sobre o risco que corria.
Despreocupada, pela imunidade à doença que a pouca idade supostamente lhe garantia, procurou atendimento médico por insistência da irmã:
- Cheguei em Florianópolis (da visita) e fui fazer o exame. Imediatamente o resultado foi de carcinoma invasivo de grau três (um tumor maligno e de alta agressividade) - lembra.
O diagnóstico, embora grave, não chegou a assustar a aeroviária no primeiro momento. Ela achou que passaria, no máximo, por uma mastectomia (cirurgia de remoção de mama), como ocorreu com a irmã que havia descoberto o câncer no estágio inicial, aos 44 anos.
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"Não vamos deixar o medo do exame fazer com que a doença piore", diz jovem que teve câncer de mama em SC
Orientação aos pacientes em época de COVID-19
Estamos vivendo uma situação grave em meio à pandemia de COVID-19 (do inglês, Coronavirus Disease 2019). A doença infecciosa é causada pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2, identificado na China em dezembro de 2019.
Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse seca, cansaço, fraqueza, dor de cabeça e dificuldade para respirar, que aumentam a intensidade com o passar dos dias. Algumas pessoas evoluem para um cenário mais grave, que pode levar ao óbito.
Como a COVID-19 é transmitida através de gotículas provenientes de espirros e tosse, é preciso ter alguns cuidados:
• Ao tossir ou espirrar, tape o nariz e a boca;
• Cuidado ao tocar em portas e botões de elevadores, corrimões e maçanetas: lave imediatamente suas mãos;
• Evite ao máximo sair de casa. Se for necessário ir até o mercado, proteja-se e não leve as mãos no rosto. Não fique próximo a outras pessoas e lave as mãos ou utilize o álcool em gel logo que sair do local;
• Se estiver com sintomas gripais, não saia de casa e mantenha-se em isolamento.
O isolamento social é a principal arma contra o coronavírus e, através dele, podemos evitar que o número de infectados continue aumentando e que pessoas possam morrer desta doença.
Para combatermos esse vírus será preciso o esforço de todos nós. Juntos, somos mais fortes!

Quem são os pacientes mais suscetíveis?
A infecção por coronavírus é uma doença grave por ser altamente contagiosa. Por isso, a COVID-19 pode ser letal para um grupo de pacientes mais suscetíveis. São eles:
• Idosos;
• Portadores de doenças crônicas: diabetes, hipertensão, doenças pulmonares como asma, bronquite e enfisema pulmonar;
• Pacientes com baixa imunidade como, por exemplo, portadores de câncer em tratamento de quimioterapia;
• Fumantes.
Estes pacientes devem ter uma atenção maior aos cuidados, evitando sair de casa e, principalmente, locais com aglomeração.

Como ficam as consultas médicas de mastologia em tempos de isolamento social?
Todas as consultas de rotina devem ser postergadas, incluindo consultas agendadas para acompanhamento de nódulos benignos, para acompanhamento de câncer de mama já tratado e de rotina, para detecção precoce do câncer de mama.

Como ficam os exames radiológicos?
Os exames radiológicos de rotina devem ser suspensos temporariamente.
Exames de mamografia e ultrassom de mama em pacientes sem sintomas devem ser postergados.
Devem procurar atendimento pacientes com alterações suspeitas em seus exames radiológicos, classificadas como BIRADS 4 ou 5. Também pacientes com resultados de biópsias mostrando câncer de mama.

Quem deve ser consultado durante o período de isolamento social?
Durante o período de isolamento, algumas pacientes necessitam de consulta médica. São elas:
• Pacientes com aparecimento de nódulos endurecidos na mama;
• Pacientes com saída de secreção pelo mamilo, principalmente sangue;
• Com sinais de infecção na mama como febre, vermelhidão, inchaço e dor;
• Pacientes que apresentem inversão do mamilo e retração da pele da mama.

O tratamento do câncer de mama deve ser suspenso?
Todas as pacientes devem manter seus tratamentos - como quimioterapia e radioterapia - em curso. As pacientes que necessitarem comparecer ao consultório para atendimento médico devem receber as medidas de precaução necessárias:
• Clínicas com fluxo reduzido de pacientes;
• Espaço físico com distanciamento de 1 metro e meio entre os pacientes;
• Álcool em gel e máscaras devem estar à disposição.
Faça sua parte! Todos juntos podemos vencer este desafio!
COVID-19 - Orientações aos associados
24 de março de 2020Associado,Notícias
Caros associados,
Todos estamos vivendo uma situação inédita e extremamente grave que é a pandemia de COVID 19.
Não resta dúvida que a situação é grave pela capacidade de disseminação e potencial letalidade.
Muitos associados têm buscado orientações sobre como proceder com relação aos atendimentos das pacientes oncológicas.
Oficialmente, foi definido que as pacientes oncológicas são urgência e que, tanto atendimentos de casos suspeitos como confirmados, devem ser mantidos, assim como cirurgias de casos já diagnosticados.
Achamos importante considerar que estamos vivendo um momento inédito, os órgãos responsáveis estão sobrecarregados e tem sido um desafio definir diretrizes, uma vez que o desenrolar deste processo é absolutamente imprevisível.
Todas as orientações mudam rapidamente e, muitas vezes, em curto intervalo.
A única informação indiscutível que temos é a necessidade de estimular o isolamento social. Devemos, como profissionais de saúde, lutar para convencer nossa população para ficar em casa. Isto é indiscutível.
Todo o restante deve se pautar pelo bom senso.
É sabido em breve estaremos diante de um grande problema de disponibilidade de leitos para o tratamento das vítimas da pandemia.
Quem são as pacientes que realmente seriam as urgências
oncológicas?
Casos suspeitos em investigação? Todos já diagnosticados?
Estas questões nos vêm ao pensamento quando pensamos em diretrizes.
Precisamos como nunca buscar estratégias não protocolares para nossas pacientes, visando sua segurança.
Avaliações multidisciplinares para individualizar as condutas nos parecem fundamentais. Considerar hormonioterapia/quimioterapia neoadjuvante em casos operáveis. Considerar controle em lesões de suspeita intermediária. Considerar consultas on-line de casos em andamento visando reduzir exposição são exemplos de medidas plausíveis e que podem ser consideradas.
Não é possível aguardar definições dos órgãos superiores para balizarmos nossas condutas.
A regional de Santa Catarina da Sociedade Brasileira de Mastologia está buscando estratégias para trazer informação de qualidade ao seu público, de maneira a auxiliar nestas decisões e estamos disponíveis para escutar suas demandas.
Estaremos trabalhando neste sentido e, nos próximos dias, atualizaremos a todos das nossas ações.
Desejamos serenidade neste momento duro de nossa história e
que possam estar saudáveis junto aos seus familiares.
Cordialmente,
Diretoria.
Outubro Rosa 2019
Nossa ação em prol do Outubro Rosa em 2019 foi um sucesso graças à adesão dos mastologistas de Santa Catarina! Para este ano, estamos planejando algo muito especial e já gostaríamos de convidá-lo a participar e reforçar a importância desta campanha.
Participe conosco em 2020!
Dr. Cristiano Steil - Itajaí
Dr. Erik Winnkow - Criciúma
Dr. Fernando Martins - Lages
Dr. Luciano, Drª Rebeca e Drª Maria Luíza - Florianópolis
Dr. Lúcio Dalri - Rio do Sul
Dr. Marcelo Moreno e Drª Liana - Chapecó
Dr. Rodrigo Lenharte - Braço do Norte
Drª Bianca - Blumenau
Drª Celina - São Miguel do Oeste
Drª Daniela e Dr. Francisco - Mafra
Drª Débora e Dr. Alexandre - Tubarão
Drª Fabíola - Caçador
Drª Flávia e Dr. Fernando - Joinville
Drª Mara - Xanxerê
Drª Christiane e Drª Tânia - São José
Drª Cláudia, Drª Fernanda e Drª Melina - Navegantes
Drª Talita e Drª Alessandra - Balneário Camboriú
Dr. Márcio e Dr. Júlio e Drª Ísis - Joaçaba
Ressonância Magnética das Mamas
Em 1986, saíram os primeiros estudos sobre ressonância magnética das mamas e seus benefícios para o diagnóstico do câncer de mama. Na década de 90, esse método de imagem foi integrado aos exames de diagnóstico para doenças relacionadas à mama e, a partir daí, muito já se estudou a respeito.
Atualmente, esse exame tem sido bastante realizado como meio de diagnóstico e controle de lesões relacionadas às mamas, porém as suas indicações são extremamente precisas e a sua realização deve ser bem ponderada.
O mastologista
e o radiologista mamário, que estudam e entendem especialmente das
potencialidades e limitações da ressonância de mama, são os médicos mais
indicados a orientarem e solicitarem esse exame, para que se tenha um
diagnóstico conciso e não gere mais dúvidas nas condutas e tratamentos.
Diferente da
mamografia, que tem um papel de rastreamento populacional, ou seja, é feito na
população em geral sem sintomas, a ressonância apresenta indicações
pré-determinadas por pesquisas e publicações de sociedades internacionais e
nacionais dedicadas ao estudo e diagnóstico de doenças da mama e especialmente
do câncer de mama.
As
principais indicações para realização desse método de imagem são:
- Avaliação da resposta à quimioterapia – pacientes com diagnóstico de câncer de mama que necessitam fazer quimioterapia antes da cirurgia. Em alguns casos, a ressonância pode ser útil para avaliar o grau de resposta do tumor ao tratamento.
- Estadiamento pré-operatório – algumas pacientes com diagnóstico de câncer de mama podem ter benefícios adicionais com a ressonância magnética pré-operatória.
- Exames de imagem convencionais inconclusivos – se a mamografia e a ultrassonografia não estabelecem um diagnóstico preciso ou se, mesmo com diagnóstico ainda existem dúvidas em relação à melhor conduta a ser tomada, a ressonância pode auxiliar o diagnóstico e orientar no melhor tratamento a ser realizado.
- Pacientes com alto risco familiar – algumas mulheres apresentam alterações genéticas e têm uma maior probabilidade de ter o câncer de mama. Sendo assim, a ressonância de mamas para rastreamento nessas pacientes específicas tem indicação precisa da sua realização. Entretanto, apenas o médico especialista na área de mama pode determinar a necessidade da realização da ressonância de mama como meio de rastreamento. Esse é um assunto muito importante, que será abordado especificamente nas nossas próximas publicações.
- Outras indicações: avaliação de implantes mamários, diagnóstico de “tumor oculto”, avaliação de “fluxo papilar”.
Sendo observada sua real necessidade, é fundamental que a paciente esteja ciente de pontos importantes para a realização da ressonância magnética das mamas. Um deles é a correlação com os exames de mama previamente realizados, sejam eles mamografia, ultrassonografia e até mesmo biópsias. Essa correlação pode trazer mais precisão no diagnóstico e melhor benefício à paciente.
Além disso,
o uso do meio de contraste endovenoso é indispensável na realização do exame
para o diagnóstico do câncer de mama, o qual não deve ser realizado com esse
objetivo sem a utilização do mesmo.
Outras
situações podem ser determinantes nos achados de imagem, sendo indicada, salvo
situações específicas, a realização preferencialmente entre o 7º e 14º dias do
ciclo menstrual e evitar a realização em lactantes. Além disso o uso de terapia
de reposição hormonal ou hormônios esteroidais deve ser comunicada no momento
do exame, não sendo rara a necessidade da suspenção do uso por algum período em
casos específicos.
Outro ponto
importante a ser lembrado é a interação multidisciplinar entre as equipes de
diagnóstico e tratamento do câncer de mama, solucionando assim, possíveis
dúvidas em beneficio à paciente.
A
ressonância magnética das mamas vem apresentando grandes avanços e melhorias técnicas
progressivamente, sendo que a otimização de protocolos de exames e utilização
de novas técnicas de aquisição das imagens e análise estão sendo cada vez mais
estudadas e acrescentadas à prática clínica. Cabe ao profissional estar bem
atualizado da real necessidade de sua utilização, procurando lançar mão dessa
importante ferramenta diagnóstica em situações adequadas e bem definidas, além
de orientar às pacientes para a importância da realização do exame nessas
condições, buscando vencer o desafio do diagnóstico e tratamento adequados
frente ao câncer de mama.
Luciane
Stüpp de Freitas
Médica
radiologista especialista em radiologia mamária.
CRM/SC 11627
RQE 10083.
Bibliografia
sugerida:
- Urban, L.A.B.D., et. al..MAMA. I ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
- https://www.uptodate.com/contents/mri-of-the-breast-and-emerging-technologies?search=MRI%20of%20the%20breast%20and%20emerging%20technologies&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1
- Kuhl, C. The Current Status of Breast MR Imaging Part I. Choice of
Technique, Image - Interpretation, Diagnostic Accuracy, and Transfer to Clinical Practice1
Radiology: Volume
244: Number 2—August 2007. - Kuhl, C. Current Status of Breast MR Imaging Part 2. Clinical Applications1Radiology: Volume
244: Number 3—September 2007.
Seguimento radiológico pós-tratamento cirúrgico do câncer de mama
3 de dezembro de 2019Associado,Textos
Confira a seleção de artigos científicos sobre o tema disponíveis para download:
Primary breast cancer: ESMO Clinical PracticeGuidelines for diagnosis, treatment and follow-up
Breast Cancer Screening With Mammography PlusUltrasonography or Magnetic Resonance Imagingin Women 50 Years or Younger at Diagnosis and TreatedWith Breast Conservation Therapy
Analysis of Skin Flap Thickness and ResidualBreast Tissue After Mastectomy
Questões atuais no tratamento cirúrgico do câncer de mama
28 de outubro de 2019Associado,Textos
Confira a seleção de artigos científicos sobre o tema disponíveis para download:
Extreme Oncoplasty: Expanding Indications for Breast Conservation
Comparison of breast-conserving surgery with mastectomy in locally advanced breast cancer after good response to neoadjuvant chemotherapy
The feasibility of breast-conserving surgery for multiple ipsilateral breast cancer: An initial report from ACOSOG Z11102 (Alliance) trial
Outubro e Mamografia
O outubro rosa é o mês de conscientização sobre a importância da realização da mamografia no rastreamento do câncer de mama. A campanha, que inicialmente falava da necessidade do autoexame, atualmente procura dar enfoque à realização da mamografia, pois é sabido que o diagnóstico do câncer de mama antes da sua apresentação clínica apresenta maior chance de tratamento e cura.
A mamografia,
embora seja um exame de imagem utilizado há longa data, persiste sendo o
principal meio diagnóstico de lesões iniciais do câncer de mama. As
"microcalcificações", que correspondem à apresentação mais inicial da
neoplasia mamária, são identificáveis com maior sensibilidade por esse método
de imagem. Vale destacar que novas tecnologias têm aperfeiçoado o diagnóstico
mamográfico, bem como a redução do desconforto da realização do exame.
Conscientização
A mamografia
digital e a tomossíntese (um exame derivado da mamografia) são a evolução dos
primeiros mamógrafos analógicos e estão bem estabelecidos como meios de
rastreamento, sendo recomendados pelas principais entidades brasileiras*
envolvidas no diagnóstico e tratamento do câncer de mama, bem como por
entidades internacionais**.
Estudos recentes mostram que a realização do rastreamento mamográfico, a partir dos 40 anos de idade, podem diagnosticar aproximadamente 19% mais casos de câncer de mama do que quando iniciado a partir dos 50 anos.
Além disso, sabe-se que a mamografia tem capacidade de reduzir a mortalidade pelo câncer de mama, sendo referidos estudos com redução da mortalidade em até 38%, haja vista a capacidade da mamografia mostrar lesões mais incipientes, o que aumenta as chances de realização de tratamentos mais adequados e melhor resposta ao tratamento.
A padronização para
a realização da mamografia é determinada por consensos de especialistas,
baseados em estudos clínicos e pesquisas, sendo preconizado no Brasil:
- Pacientes com risco usual (população geral): realização anual a partir dos 40 anos.
- Pacientes com mutação genética conhecida ou parente de 1º grau com mutação: realização anual a partir dos 30 anos.
- Pacientes com antecedente pessoal de câncer de mama com tratamento conservador: realização anual a partir do diagnóstico.
- Pacientes previamente submetidas a radioterapia torácica: realização anual a partir do 8º ano após o tratamento (não antes dos 30 anos).
A tecnologia a favor da vida
A técnica de realização do exame mamográfico consiste na compressão da mama para aquisição das imagens mais bem detalhadas, o que para algumas pacientes pode ser um empecilho. Desta forma, procura-se evitar a realização do exame no período menstrual (fase de maior sensibilidade das mamas).
A técnica de
autocompressão***, recentemente empregada em mamógrafos mais modernos, em que a
própria paciente comprime a mama durante a realização do exame, mostrou bons
resultados, com qualidade de imagem semelhante à aquisição convencional, sem
prejudicar o diagnóstico e com uma boa tolerância das pacientes ao exame.
Acredita-se que a
tecnologia de autocompressão pode diminuir a ansiedade em relação ao exame e
consequentemente melhorar a adesão ao rastreamento. A técnica de autocompressão
já está disponível nos principais serviços que realizam mamografia digital em
Santa Catarina.
Para saber mais,
acesse os links abaixo:
- *http://www.scielo.br/pdf/rb/v50n4/pt_0100-3984-rb-50-04-0244.pdf
- **https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/pdf/breast-screening.pdf
- ***https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/article-abstract/2723076?utm_campaign=articlePDF&utm_medium=articlePDFlink&utm_source=articlePDF&utm_content=jamainternmed.2018.7169
- https://www.jacr.org/article/S1546-1440(17)31524-7/pdf?_ga=2.241970817.2003548903.1569893606-1576707685.1569893606
- https://www.ajronline.org/doi/10.2214/AJR.16.17759
Dra.
Luciane Stüpp de Freitas
CRM/SC
11.627 RQE: 10083
Médica
Radiologista
Membro
Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia
Tomossíntese Mamária
16 de setembro de 2019Notícias
O QUE É?
A tomossíntese mamária ou mamografia 3D é a evolução
tecnológica da mamografia digital.
TÉCNICA
O tubo de raio-X se move em arco e, durante o deslocamento, diferentes imagens bidimensionais de baixa dose são obtidas em angulações distintas. A partir destas projeções, imagens tomográficas da mama, paralelas ao detector são reconstruídas.
A mama é comprimida de forma semelhante à
realizada nas mamografias convencional e digital.
Com a mama comprimida, primeiro obtém-se as imagens de tomossíntese e, em seguida, a mamografia digital convencional, de tal forma que sejam realizados registros das duas mamas nas incidências crânio-caudal e mediolateral oblíqua com as duas técnicas (COMBO).
POR QUE
REALIZAR O COMBO?
A realização da mamografia digital 2D associada
à tomossíntese tem como objetivos:
- Comparação com exames prévios e futuros.
-Visualização
panorâmica das mamas, permitindo a comparação entre as mesmas.
O EXAME
É SEGURO?
Sim.
A dose
de radiação de um exame completo permanece abaixo do permitido pelo Mammography Quality Standards Act – MQSA (< 5,8 mGy por mama.)
INDICAÇÕES
MESMAS DA MAMOGRAFIA- Rastreamento em mulheres
assintomáticas, em todos os padrões mamográficos.
A NCCN (National
Comprehensive Cancer Network) e o Colégio Brasileiro de Radiologia recomendam
considerar a tomossíntese no cenário de rastreamento, a partir de 40 anos,
quando disponível.
BENEFÍCIOS
A tomossíntese pode poupar a realização de
incidências adicionais, otimizar o fluxo de trabalho e reduzir a dose de
radiação que poderia ser necessária com um estudo com mamografias 2D apenas.
Todos os padrões mamográficos podem se
beneficiar com o método, sobretudo as mamas com densidades fibroglandulares
esparsas e as heterogeneamente densas.
A tomossíntese apresenta grande utilidade na avaliação de:
-
Assimetrias;
-
Distorções arquiteturais;
- Margens
de nódulos.
A grande vantagem do método está na redução da sobreposição tecidual com consequente aumento da detecção do câncer de mama.
Dra. Aline
Dias S G Guimarães
CRM/SC
13.537 RQE: 11.316
Médica
Radiologista
Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia
Para mais informações, leia o artigo com as Recomendações do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia para o rastreamento do câncer de mama.
Você sabia que amamentar reduz o risco de desenvolver câncer de mama?
Além de ser um ato de amor, amamentar resulta em vários benefícios - não só para a criança, mas também para a mãe. Considerado um alimento completo, o leite materno protege o bebê de doenças, proporciona um melhor desenvolvimento de sua arcada dentária e aumenta os laços afetivos entre a mãe e seu filho. Além disso, amamentar ainda reduz as chances de a mulher desenvolver câncer de mama.
O mecanismo que ativa essa proteção ainda não foi elucidado por completo, entretanto, hipóteses indicam que durante o tempo do aleitamento, as taxas hormonais da mãe sofrem uma redução, o que é benéfico ao organismo da mesma.
Amamentar por um período prolongado é considerado um fator de proteção contra o câncer de mama. De acordo com um estudo publicado em 2002, com a participação de mulheres de 30 nacionalidades distintas, a probabilidade de contrair a doença é reduzida 4,3% a cada 12 meses de duração da amamentação (independente da idade da mãe).
Com o objetivo de conscientizar sobre a importância deste ato, agosto foi eleito o mês do aleitamento materno (Agosto Dourado) e, entre os dias 1 e 7, é celebrada a Semana Mundial da Amamentação.
Para saber mais sobre o tema, acesse o site da Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (Waba).




































































